Sabe aquela festa de Ano Novo que parece ter sido ontem, mas foi em 2002? Pois é. À medida que o tempo passa e as pessoas vão envelhecendo, a sensação de que “parece que foi ontem” é cada vez mais comum.
Isso é conhecido também como “efeito telescópico”, e ele é responsável pela ilusão de que os anos passam mais rapidamente quando ficamos mais velhos. Esse “tempo telescópico” é fruto da discrepância entre a medida de tempo tradicional e a noção de tempo de cada indivíduo, algo bastante subjetivo.
Se você não compra essa ideia de subjetividade, que tal pensar na coisa de maneira matemática? Por exemplo: quando você tem 10 anos, um ano da sua vida representa 10% dela. Agora quando você está com 60 anos, um ano passa a representar 1,67% da sua vida. A quantidade de tempo é a mesma, mas a proporção, definitivamente, não é.
Ainda há outra explicação para a sensação de que os anos estão voando: quando caímos em uma rotina adulta sem muitas novidades e aventuras, nossa sensação de tempo passa a ficar mais acelerada. Isso acontece porque nosso cérebro tende a simplesmente pular informações conhecidas e corriqueiras, nos causando a impressão de que o tempo passa rápido e sempre igual.
Já reparou como a viagem de ida parece ser muito mais longa do que a de volta? Isso é justamente porque seu cérebro já conheceu o caminho e, na hora de voltar, você acaba não reparando em tudo, e o tempo parece passar mais rapidamente.
Esse conceito é preocupante, se você pensar bem sobre ele. Significa, basicamente, que fazer sempre as mesmas coisas vai ajudar o tempo a passar mais rápido. Se não é essa a sua intenção, está na hora de viver novas experiências.
aí, você já tinha pensado a respeito do tempo dessa maneira? Se esse é um assunto do seu interesse, nós recomendamos a leitura do livro Cinefilô, do escritor francês Ollivier Pourriol. A obra trata da relação entre cinema e filosofia e, em determinado ponto, o autor discute as questões de eternidade propostas pelo filósofo Baruch de Espinosa.
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