quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Por que não é possível fazer o tempo voltar?

Seria realmente muito interessante se pudéssemos fazer o tempo voltar. Porém, da mesma forma, isso poderia causar um caos completo na vida das pessoas e no curso do Universo. Mesmo assim, a pergunta que muita gente se faz é “porque o tempo corre para frente e nunca para trás?”.
Que tipo de mecanismo o aciona dessa forma? Segundo um artigo de Ian O’Neill, do Discovery News, em um estudo recente publicado na revista Physical Review Letters, um grupo de físicos teóricos investigaram a chamada “Flecha do Tempo” (ou flecha quântica), que é um conceito utilizado para distinguir uma direção do tempo em um mapa relativístico quadridimesional do mundo.
Ou seja, é o termo que descreve a marcha inexorável do tempo, o movimento do momento atual em que essa “flecha” sempre aponta para o futuro. No estudo, os pesquisadores destacaram uma forma diferente de observar como ele se manifesta em escalas universais. E, além desses conceitos, é preciso entender mais alguns para compreender porque o tempo não volta.
A entropia
Em um conceito da física, da hipótese passada, o tempo é descrito de forma que pressupõe que um determinado sistema começa em um estado de baixa entropia e, em seguida, impulsionado pela termodinâmica, a entropia aumenta. A entropia é uma grandeza termodinâmica que mensura o grau de irreversibilidade de um sistema.
Seguindo esse raciocínio, de acordo com o Discovery News, o passado tem baixa entropia e o futuro tem de alta entropia, um conceito conhecido como assimetria de tempo termodinâmico.
Para dar um exemplo de uma forma mais prática, em nossa experiência cotidiana, podemos encontrar muitas formas de entropia crescente, como um gás que enche uma sala ou uma fusão de um cubo de gelo. Nestes exemplos, é observado um aumento na entropia irreversível e, por conseguinte, a desordem.
Por exemplo, quando o gelo derrete, a matéria torna-se mais desordenada e menos estruturada. A disposição sistemática de moléculas de uma estrutura cristalizada é substituída por um movimento mais aleatório e menos ordenado de moléculas sem locais fixos ou orientações. Sua entropia aumenta porque a transferência de calor ocorre dentro dele.
Aplicando esse conceito em uma escala universal, presume-se que o Big Bangdeu origem ao Universo em um estado de baixa entropia, ou seja, um estado de entropia mínima.
Ao longo das eras, conforme o universo se expandia e arrefecia, a entropia do sistema em larga escala tem aumentado. Portanto, assim como descrito na hipótese passada, o tempo está intrinsecamente ligado com o grau de entropia, ou desordem, em nosso Universo.
Essa ideia pode apresentar problema
Segundo Ian O’Neill, do Discovery News, logo após o Big Bang, várias linhas de observação de evidências apontam que o ambiente era uma caos quente e extremamente desordenado de partículas primordiais. Conforme o Universo amadureceu e resfriou, a gravidade assumiu o controle, deixando o Universo mais ordenado e mais complexo com nuvens resfriadas de gás, estrelas e planetas formados, que evoluíram a partir de um colapso gravitacional.Ao longo do passar das eras, a química orgânica tornou-se possível, dando origem à vida e aos seres humanos, que filosofam sobre tempo e o espaço. E, então, podemos observar a desordem em ação. Em uma escala universal, ela tem efetivamente diminuído, e não aumentado como a "hipótese passada" presume.
Esse conceito foi argumentado pelo pesquisador Flavio Mercati, do Instituto Perimeter (PI) de Física Teórica, em Ontário, no Canadá, que afirmou que é um problema a forma como a entropia é medida.
Ele afirma que, como a entropia é uma grandeza física com dimensões (como energia e temperatura), é necessário que haja um quadro de referência externas para que possam ser medidos em comparação. Então, se não é a entropia, o que poderia conduzir o tempo universal para frente?
Complexidade
As definições de complexidade muitas vezes dependem do conceito de um "sistema", um conjunto de partes ou elementos que têm relações que os diferenciam daquelas com outros elementos fora dessas conexões.
Além disso, muitas definições tendem a postular ou assumir que a complexidade expressa uma condição de inúmeros elementos em um sistema e inúmeras formas de relações entre os elementos. No entanto, o que se vê tão complexo e que se vê como simples é relativo.
Em outras palavras, a complexidade é uma quantidade adimensional que, na sua forma mais básica, descreve quão complexo é um sistema. Então, se olharmos para o nosso Universo, a complexidade está diretamente ligada com o tempo: conforme ele avança, o Universo se torna cada vez mais estruturado.
Na opinião do pesquisador Flavio Mercati, "a questão que procuram responder em nosso papel é: o que define esse sistema nesse estado de muito baixa entropia em primeiro lugar? Nossa resposta é: a gravidade, e sua tendência em criar ordem e estrutura (complexidade) a partir do caos", disse ele.

Pesquisa

Para testar essa teoria, o pesquisador Mercati e seus colegas criaram modelos básicos de computador para simular partículas em um Universo de brinquedo. Eles descobriram que seja qual for a simulação executada, a complexidade dos universos sempre aumentou e nunca diminuiu com o tempo.
Vamos tomar como exemplo novamente o Big Bang. A partir dele, o Universo começou em seu estado de menor complexidade (a "sopa" de partículas quentes e desordenadas e energia). Então, quando o Universo esfriou a um estado em que a gravidade começou a assumir, gases aglutinados, estrelas e galáxias formadas evoluíram. O Universo tornou-se inexoravelmente mais complexo e a gravidade é a força motriz deste aumento na complexidade.
"Cada solução do modelo de brinquedo gravitacional que estudamos tem essa propriedade de ter em algum lugar um estado muito homogêneo, caótico e não-estruturado, que se parece muito com a sopa de plasma que constitui o universo no momento do de sua criação. Então, em ambos os sentidos de tempo, a gravidade do estado aumenta as heterogeneidades e cria um monte de estrutura e ordem, de forma irreversível", disse Mercati.
Ele acrescentou ainda que à medida que o Universo amadurece, os subsistemas ficaram isolados o suficiente para que outras forças estabelecessem as condições para a Flecha de Tempo dominar em subsistemas de baixa entropia.
Sobre a escala universal, nossa percepção do tempo é impulsionada pelo crescimento contínuo de complexidade, mas nestes subsistemas, a entropia domina.
"O universo é uma estrutura cuja complexidade está crescendo. O universo é composto de galáxias grandes separadas por vastos espaços vazios. No passado distante, eles foram mais aglutinados. Nossa conjectura é que nossa percepção do tempo é o resultado de uma lei que determina um crescimento irreversível da complexidade", completou Mercati.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Partes do nosso corpo que não precisamos mais.


Dentes do Siso


Já não são necessários para o tipo de alimentos que ingerimos. A não ser que alguém gosta de andar mascando mato por ai. Só 5% da população tem um jogo destes terceiros molares sãos.

Músculos extrínsecos do pavilhão auricular
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São os músculos que permitem a algumas pessoas moverem suas orelhas. Não têm nenhuma outra utilidade que a de transformar, em quem os tem, em atração bizarra.

Órgão Vomeronasal (ou de Jacobson)


Um diminuto buraco à cada lado do septo nasal que está unido aos quimiorreceptores não funcionais. É tudo o que resta de nossa outrora grande habilidade para detectar feromônios.

Costelas do pescoço


Um conjunto de costelas cervicais, possivelmente restos da idade dos répteis, ainda aparece em menos de 1% da população. Com freqüência provocam problemas nervosos e arteriais.

Terceira pálpebra

Um ancestral comum às aves e os mamíferos tinha uma membrana para proteger o olho e varrer os resíduos para o exterior. Do os humanos conservam só um pequena prega no canto interior do olho (justamente onde entra o cisco).

Ponto de Darwin (ou tubérculo)

Um pequeno ponto de pele grudada na parte superior de cada orelha que aparece ocasionalmente nos humanos modernos. Poderia tratar-se de um remanescente de uma formação maior que ajudava ao homem a se centrar nos sons distantes.

Músculo subclávio

Este pequeno músculo situado abaixo do ombro, que vai desde a primeira costela até a clavícula, poderia ser útil se os humanos ainda caminhassem de quatro. Algumas pessoas têm um, outras não têm nenhum, e alguns poucos têm os dois.

Músculo palmar

Este músculo longo e estreito percorre o cotovelo até o pulso e já não existe em 11% dos humanos modernos. Ele deve ter sido muito importante para pendurar-se e escalar. Os cirurgiões aproveitam este músculo para empregá-lo em cirurgia reconstrutiva.

Mamilos masculinos

As glândulas lactíferas formam-se antes de que a testosterona provoque a diferenciação do sexo no feto. Os homens têm tecido mamário que pode ser estimulado para produzir leite e inclusive para amamentar.

Músculo eriçador do cabelo

Conjunto de fibras musculares lisas que permitem aos animais arrepiar sua pelagem para melhorar sua capacidade de isolamento ou para intimidar outros animais. Os humanos conservam esta habilidade ainda que obviamente perderam a maior parte de sua pelagem.

Apêndice

Este estreito tubo muscular unido ao intestino grosso, servia como área especial para digerir a celulose quando a dieta dos humanos consistia mais em proteínas vegetais que em animais. Também produz alguns glóbulos brancos.

Pelo corporal

As sobrancelhas, evitam que o suor caia nos olhos, e a barba masculina poderia ter algum papel na seleção sexual, mas aparentemente, a maior parte do cabelo restante no corpo humano não tem nenhuma função.

Músculo plantar

Com freqüência confundido com um nervo pelos estudantes novatos de medicina, este músculo foi útil para outros primatas, que o usavam para agarrar objetos com os pés. Já desapareceu de 9% da população humana.

Décima terceira costela

Nossos parentes mais próximos, os chimpanzés e gorilas, contam com um jogo extra de costelas. A maioria de nós temos 12, mas 8% dos adultos ainda contam com um par a mais.

Útero masculino

Dentro da próstata, encontra-se um órgão reprodutor masculino não desenvolvido, lembrança do momento sem diferenciação de sexo pelo qual todo embrião passa.

Dedos do pé (menos o dedão)

O humano utiliza o dedão do pé para equilibrar-se. O resto só serve para fazer sofrer quando se choca contra a quina de algum móvel.

Cóccix

Nossos ancestrais hominídeos perderam o rabo bem antes de começar a andar. O que sobrou é o cóccix, um conjunto de três a cinco vértebras fundidas no fim da coluna dorsal. Sua única função é ajudar a manter os músculos da região estruturados, mas sua remoção não prejudica o paciente. Só serve para causar uma dor lancinante quando caímos de traseiro.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Você tem ideia de quão diminutos são os átomos? [vídeo]

Todo mundo aprende sobre os átomos nas aulas de química, e sobre como eles são incrivelmente minúsculos, consistindo na menor divisão que podemos observar de um elemento químico.
Assim, você deve se lembrar de que o tamanho dessas estruturas — ou unidades básicas da matéria compostas por um núcleo de carga elétrica positiva (quase sempre formado por nêutrons e prótons) rodeado por elétrons com carga negativa — varia de acordo com cada elemento.
Tipicamente, os átomos costumam medir 0,0000001 de milímetro, e apesar de esse número nos dar uma leve noção de quão diminutos eles podem ser, quando o assunto é imaginar seus tamanhos em termos palpáveis a coisa se complica bastante.
Por sorte, o pessoal do canal Kurzgesagt - In a Nutshell do YouTube criou uma animação sensacional na qual, além de apresentarem diversas representações e comparações para entendermos essa questão de dimensão, também explicam uma porção de coisas sobre os átomos. E sabe o melhor? O vídeo está totalmente legendado em português, então, é só clicar no play e se preparar para aprender um monte de informações interessantes. Confira:
FONTE(S)
IMAGENS

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Globo de mesa que representa Júpiter gira eternamente.

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Júpiter não é apenas o maior planeta no nosso sistema solar, ele também é sem dúvida o mais impressionante de todos. Aquelas tempestades enormes – e aquele olho vermelho gigante – produzem uma espécie de show atmosférico. E como uma alternativa mais barata a um telescópio gigante, esta pequena versão de Júpiter de mesa permite que você observe o gigante gasoso nos momentos em que deveria estar trabalhando.
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Com cerca de dez centímetros de altura, essa versão consideravelmente menor do Júpiter flutua dentro de uma esfera clara de acrílico. E mesmo sem usar nenhum cabo, o globo girará para sempre, graças a células solares escondidas por trás da arte que alimenta esse mecanismo impressionante. Como uma bússola, ele usa o campo magnético da Terra para girar. E enquanto existir luz e um planeta abaixo dos seus pés, esta versão de Júpiter rotacionará para sempre.
Este globo não vai ocupar nenhuma entrada USB no seu computador, não precisa de nenhum cabo e é fascinante de se observar – talvez isso tudo compense os US$ 145 cobrados por ele. [ThinkGeek]